Machine Learning
Você está sentado? Sem muito barulho ao redor? Porque o assunto que vamos abordar aqui não é para amadores. Estamos falando da complexidade do cérebro humano em máquinas. E isso tudo tem causado muita confusão nos próprios criadores disso tudo.
Não é novidade que a inteligência artificial tem tomado ares utópicos nos últimos tempos. Os constantes avanços dessa tecnologia causam espanto por onde passam. Recentemente, tivemos um robô chamado Sophia sendo entrevistado pelo 60 Minutes. Ela inclusive menciona que tem alma e questiona a existência de Deus.
Outra IA foi criada pelo Twitter e logo depois deletada, depois de começar a tuitar termos racistas e venerar a Hitler. Parece loucura? Agora imagine que na verdade, essas máquinas aprendem do ambiente que possuem, dos dados que possuem. Ou seja, aprendem de nós mesmos. (Eu não estou surpreso)
Mas, chega de conversa e vamos ao que interessa. Na discussão sobre inteligência artificial, encontramos diversos termos, como big data, machine learning e redes neurais. Qual a diferença delas?
Machine Learning
O nome é simples de entender. As máquinas “aprendem” cada vez mais baseado nos dados que recebem. Quanto mais dados o sistema recebe, maior a capacidade de decisão da máquina. É uma grande quantidade de algoritmos e técnicas que fazem com que o sistema seja capaz de otimizar cada vez mais sua performance.
O Machine Learning é apenas a ponta do iceberg. É a versão simplificada dos avançados sistemas neurais ou sistemas cognitivos, ainda chamados de cognitive computing. Isso sim é o que existe de mais avançado em inteligência artificial nos dias de hoje.
Sistemas Cognitivos
O nome por si só tem causado controvérsia na comunidade científica. Dizer que um sistema artificial possui cognição, ou seja, a capacidade de refletir e tomar uma decisão baseado no julgamento e bom senso não faz sentido. É como dizer que as máquinas possuem mente. E isso não é a verdade.
A mente, que é um dos maiores mistérios da humanidade, nos dá a capacidade de criar cenários e agir em prol de dados que nos foram fornecidos anteriormente. O certo e o errado, analisar todos os fatos ao redor e fazer a melhor escolha aparente. Isso, somente os humanos fazem. Você simplesmente sabe que não pode voar e que cair de um penhasco vai te causar problemas. Com que dados você sabe disso?
Máquinas tomam decisões baseadas em dados. Puramente lógicas. Nada de emoção ou bom senso aqui. Pode ser que ela amplie o seu resultado e otimize conforme mais obtém novos dados. Mas é só isso. Ela não sabe que não pode voar e pular de um penhasco se essa informação não for colocada lá.
Recentemente, foram descobertas as redes neurais de computador. Que nada mais são que vários nós de processadores ligadas uns aos outros, a fim de simular os nossos neurônios. Esse avanço permite que a inteligência artificial avance muito mais rápido, como múltiplas fontes de dados simultâneas.
Os sistemas cognitivos, por sua vez, estão um pouco mais a frente. Eles também lidam com informações simbólicas ou simplesmente conceituais, sem ser informação clara, de “sim” ou “não” como nas inteligências mais comuns. Isso permite que, de certa forma, a máquina julgue. Mas como dissemos, tudo isso é puramente lógico. A máquina “julga” em favor da maior quantidade de informações que lhe parece favorável.
Se em uma casa pegando fogo, com uma criança em um quarto de difícil acesso estiver chorando em perigo, com grande probabilidade de morrer, dificilmente a máquina se arriscaria em salvar a criança. Obviamente o contrário do que alguns seres humanos fariam.